segunda-feira, 1 de novembro de 2010

UM BREVE OLHAR (INCONCLUSIVO) SOBRE O PLEITO DE 2010

Depois da ressaca eleitoral em nosso estado e no Brasil, consumada no dia 31 de outubro, com a vitória eleitoral da candidata Dilma Roussef e de seu patrono, é preciso avaliar com profundidade todos os significados desse complexo processo político-eleitoral e seus inúmeros desdobramentos para os interesses da classe trabalhadora e de toda a sociedade brasileira e maranhense.

Preliminarmente, ainda sem compor uma avaliação propriamente dita, destaco os números da eleição de 2010, quer seja no primeiro turno ou no segundo.

No Maranhão, 4.320.922 eleitores estão devidamente cadastros na Justiça Eleitoral e aptos a exercer o direito/dever de votar.

Desse contingente, apenas 68,12% [2.943.779] compareceram nas seções eleitorais espalhadas por todo esse grande território no primeiro turno. Isto nos informa que, portanto, somando a abstenção, voto nulo e o voto em branco, tivemos o percentual de 31,87% de eleitores [1.376.969] que destoaram dos demais, negando o voto nos candidatos ou em seus partidos, numa clara demonstração de crítica ou desalento com esse processo.

Da mesma forma, no segundo turno, destaca-se o significativo percentual de 32,86% [1.420.010] de abstenção e votos inválidos, assim conceituados pelo Direito Eleitoral. No cômputo dos votos válidos, ocorreu uma redução do percentual vez que 67,12% [2.900.595] dos eleitores validaram seus votos quer seja na candidata vencedora, Dilma Roussef, ou no candidato derrotado, José Serra.

Um dado interessante é que no segundo turno Serra obteve, proporcionalmente, mais votos que a candidata Dilma. Vejamos: no primeiro turno, Serra havia conseguido 444.145, estacionando no baixo patamar de 15,09% de votos. No segundo turno, entretanto, Serra ampliou a quantidade de seus votos para 606.449, o que o levou ao patamar de 20,91% ou o equivalente a mais 162.304 votos, num crescimento de 36,54%.

No que pertine a Dilma, observamos que ela amealhou 2.079.650 votos no primeiro turno, alcançando o importante patamar de 70,65%. No entanto, quando levantamos os dados do segundo turno, mesmo com a ampliação do quantitativo da candidata da coligação PT/PMDB et caterva, percebemos que Dilma Roussef teve um acréscimo percentual bem inferior ao do candidato tucano, qual seja, 10,31% [214.496] que corresponde ao aumento percentual global de 79,09%, ampliando a sua vitória em relação ao primeiro turno frente ao candidato Serra.

Destaco, ainda, os dados específicos relativos aos votos nulos e brancos. O total de 273.494 votos nulos no primeiro turno foi reduzido para o quantitativo de 103.364 votos no segundo momento da eleição. Da mesma maneira, o eleitoral decidiu reduzir o número de votos em branco de 67.827 votos para 41.114 votos. É preciso destacar aqui que as direções do PSOL e do PSTU no estado declararam a sua posição a favor do voto nulo, mesmo que não tenham feito uma campanha aberta.

Muitas outras questões serão ainda consideradas nas diversas avaliações que serão apresentadas ao mundo político maranhense.

Este missivista, inclusive, pretende ofertar uma análise apropriada que leve em conta os aspectos eleitorais propriamente ditos, mas, também, considerar os aspectos sociais, econômicos, o uso da máquina pública, a Justiça Eleitoral, etc.

No mais, estou na área! Espero revê-los cotidianamente nesse espaço da blogosfera e farei um esforço para levantar questões substantivas e que façamos um bom debate.
Hasta la vista!

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