sábado, 20 de novembro de 2010

MEMÓRIA, CONSCIÊNCIA E COMBATE PERMANENTE NA LUTA DO MOVIMENTO NEGRO

A história nos conta do gaúcho Oliveira Ferreira da Silveira, professor, pesquisador e militante da causa em prol dos direitos da população negra de todo esse grande país. No início da década de 70, o professor idealizou o Dia da Consciência Negra. Não demorou muito, no ano de 1978, o dia 20 de novembro passou a ser reconhecido no contexto do nascimento do Movimento Negro Unificado.
Marcando o princípio que levou à construção de uma forte simbologia associada ao suposto dia da morte de Zumbi dos Palmares, 90 anos depois e ainda imersos nas batalhas pela redemocratização do Estado e da sociedade, os grupos organizados em torno das lutas dos negros no Brasil lançaram os grãos de uma fértil cultura no intuito de criar e consolidar uma identidade étnica, política e de classe.
Decorrente dessa realidade histórica, a idéia forjada pelo poeta Oliveira Silveira vicejou e por todo o Brasil ampliou-se a organização e a consciência social da população negra. Para ilustrar, ressaltamos o papel do Centro de Cultura Negra, O CCN, em mais de trinta anos de esforço militante no objetivo estratégico de formar e disseminar permanentemente essa cultura que se enraizou na cultura popular de nosso país e que, no enfrentamento das batalhas cotidianas, protagonizadas por tantos valorosos lutadores sociais, agregaram à sua própria existência como movimento, os milhões de negros que, suscetíveis à sua própria causa contemporânea, identificam-se como irmãos da luta histórica pela superação das iniqüidades que a sociedade capitalista criou e continua a criar ao longo da história.
Essa utopia concreta se realizará um dia e neste dia, sem feitores, capatazes, capitães do mato, senhores e senhorinhas, sem amos e patrões, o movimento negro estará irmanado a todos os demais movimentos históricos na longa batalha pela construção do socialismo, no princípio marxiano “a todos segundo sua necessidade e de todos segundo sua capacidade”.

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