sábado, 13 de novembro de 2010

REMINISCÊNCIAS DE UMA ÉPOCA DE LUTAS E CONQUISTAS: a histórica greve de 2003/2004 e seus desdobramentos na UEMA

Quem não se lembra?
Há seis anos encerrávamos senão a maior, com certeza a mais importante GREVE da história do corpo docente da Universidade Estadual do Maranhão num clima de alegria incontida com a grande conquista salarial que havíamos conseguido, com o coração explodindo de felicidade e de esperança!
Naquela época, todos nós dizíamos: agora a UEMA vai mudar, vai crescer, vai se tornar uma grande universidade a serviço dos maranhenses vai promover o ensino, a pesquisa e a extensão com qualidade e democracia, com respeito às diferenças e à pluralidade de idéias!
Sinceramente convictos de que a mais férrea unidade de ação do corpo docente seria o grande e principal fator da vitória, nós multiplicamos as energias de cada um, numa aliança poderosa com o presente e para o futuro, fechando o portão por duzentos dias, simbolizando a força da parede desses indômitos lutadores das causas que encerram o princípio da luta, da tenacidade e do compromisso ético-político dessa geração que fez e continua fazendo história.
Na realidade, muitas promessas foram feitas pela administração da universidade durante a nossa histórica greve. Mas, falar é fácil, difícil é cumprir o que se diz e manter a coerência. Marcando na linha do tempo, dos anos de 2003/2004 até aqui, novembro de 2010, véspera do processo eleitoral para o reitorado, muitas promessas caíram no vazio, perderam sentido e credibilidade e hoje, representam apenas o aprofundamento das piores tendências políticas patrimonialistas, clientelistas e privatistas na UEMA.
No contexto em que se completam seis anos do encerramento da nossa greve, poderíamos deixar stand by a comemoração da vitória do nosso grandioso movimento paredista de 2003/2004. Afinal, em 2010, estamos reafirmando o princípio da luta e do compromisso com a urgente mudança institucional da UEMA, consubstanciado no embate eleitoral contra as forças do atraso e na perspectiva da construção de uma nova Universidade Estadual do Maranhão, democrática, plural, transparente e consciente de seu papel na sociedade oferecendo qualidade e excelência para o avanço do conhecimento, da pesquisa científica e da extensão para os maranhenses.
A história vai nos dizer o caminho da vitória e nos chamará para comemorar com os abnegados lutadores que resistem nos espaços por onde se locomovem no cotidiano, em defesa da UEMA.

Um comentário:

  1. Belo texto, Paulo.

    Eu que fui um dos que sentiram na pele, logo no início do curso de História, em 2003, o que é ter uma Universidade pública a serviço dos poderosos e das classes elitistas do Estado, sei o quão é importante rememorarmos este dia para que jamais seja esquecido, motivando as gerações atuais e vindouras a seguirem na luta firme e permanente por uma Universidade de todos, com ensino de qualidade, justa e democrática, ideais ulteriormente preteridos ao descaso, descalabro e sevícia feudal política que a rege atualmente.

    Forte abraço, camarada.

    Hugo Freitas

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