domingo, 5 de dezembro de 2010

UM FILME BOSSA NOVA: poesia, cheiros e sabores no tempero da vida

Meus caros,
Não resisti. Hoje pela manhã me deparei com esse belo filme “O Tempero da Vida” e a película, meus caríssimos, é simplesmente tocante!
Sem mais delongas, remeto-os à versão espontânea e divertida de Cris de Lamônica que captou a singeleza e a sensibilidade do enredo do filme com os seus condimentos e temperos do amor, da memória e da cultura dos povos orientais e de suas especiarias, tão disputadas pelo ocidente ao longo de séculos.
Na realidade, o filme, lançado em 2003, é uma cinebiografia do roteirista e diretor Tassos Boulmetis em seu segundo filme e estrelada pelo grego Georges Corraface.
Bem, leia essa resenha e deleite-se com a magia e a graça do cinema. Não se esqueça da pipoca e da bebida que lhe convier e encha a sala com toda a família.

RESENHA: “O TEMPERO DA VIDA”

“O tempero da vida. Esse filme é lindo, poético, tem bela fotografia e a história é mais linda ainda. Ele tem um gostinho de casa de avós, gostinho de família.
É uma produção greco-turca que conta a história de um menino, Fanis, que nasceu em Istambul, na Turquia. O avô, Vassilis, um filósofo culinário e mentor de Fanis, ensina-lhe que tanto a comida quanto a vida requerem um pouquinho de sal para lhes adicionar sabor. Ambas precisam de um toque de tempero.
Por causa da guerra (Grécia e Turquia disputavam a Ilha de Chipre), os pais de Fanis são deportados para Atenas, na Grécia. Fanis é obrigado a deixar o avô e o seu primeiro amor.
É um filme muito sensível e ao mesmo tempo engraçadíssimo. O avô faz muitas comparações entre os temperos e a vida. Eu me lembrei muito da minha família, que por um lado é árabe e pelo outro é italiana. Então já viu né, eu cresci dentro de uma cozinha. Todas as reuniões eram na parte mais cheirosa da casa.
As minhas melhores lembranças vêem da hora do café da manhã, do almoço e do jantar. Tudo em torno da mesa. Só pra vocês terem idéia da beleza desse avô. Vou transcrever um trechinho do que ele fala no filme. Vassilis tem uma loja de temperos, antepastos, em Istambul. A mulher entra na loja dele para comprar cominho para temperar as almôndegas que vai fazer para a família do noivo. Então ele diz a ela: “Cominho é um tempero forte. Deixa as pessoas introspectivas. Coloque canela. A canela faz as pessoas olharem uma nos olhos das outras. Se quer dizer sim, então adicione canela”.
Não é lindo? Ele dizia que a canela representa Afrodite, que era a mais bela de todas as mulheres. Por isso é que a canela é doce e amarga, como todas as mulheres. Assista a esse banquete de poesia, cheiros, sabores, cores e, depois, conte aqui no blog quais são os verdadeiros temperos da vida!”

Autora: Cris De Lamônica
Fonte: http://www.blogvivendoeaprendendo.com/2009/07/filmoteca-o-tempero-da-vida.html

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