Com o Sol a pino, vivi ao lado da minha querida madre uma verdadeira “aventura” por algumas avenidas e ruas de nossa quatrocentenária São Luís, nesta calorenta terça-feira de março, cujas águas ainda não caíram sobre nós como deveriam.
Devo reparar o que digo. Pensemos juntos: se as águas de março tivessem caído de verdade, o caos a que me refiro teria sido muito mais sério e perturbador, causando – talvez – imensos prejuízos para a cidade e seus moradores.
Pois bem, entre o Edifício Cézanne e a Rua do Sol percorri a Avenida dos Holandeses [cerca de três quilômetros de engarrafamento. exasperante], ao adentrar a Avenida Carlos Cunha, trânsito pesado, lento e surpresas à espreita. Caindo pela lateral direita na direção da Avenida Beira-Mar confiante que chegaria rapidamente na Rua do Sol, deparei-me com centenas de veículos de todos os modelos e marcas conhecidas ziguezagueando que nem baratas tontas após aquele inseticida poderoso.
O ziguezague não fez com que os motoristas encontrassem alguma saída coerente para pisar no acelerador e sonhar com aquele farto almoço de família, tomar aquele banho e se refestelar no sofá, tirando uma soneca de responsa.
Na realidade, não me contive e, seguindo algumas trilhas alternativas, dei meia-volta volver e subi a Rua Barão de Itapary rumo ao Cartório do 1º Ofício, na Rua do Sol, onde eu e minha querida madre encontramos abrigo no aparelho de ar-condicionado e na tranqüilidade do lugar naquele momento, apesar de não termos sido atendidos a contento.
Camaradas, sabemos que esta nossa Ilha de vários epítetos é filha do paradoxo do arcaico com o moderno, paradoxo este que expõe as limitações e equívocos de muitos que governaram Upaon-Açu sem planejamento algum, sem uma visão espacial que garantisse racionalidade ao deslocamento das pessoas e de seus potentes veículos.
O espaço é finito. E essa finitude é disputada pelos veículos e pelos transeuntes de nossa cidade, pelas calçadas irregulares, desniveladas, que não favorecem o andar das pessoas. Nesse espaço citadino os veículos mandam cada vez mais. Estatísticas de toda sorte proclamam e festejam o aumento desmedido da venda de veículos em São Luís, o que a levou ao 5º lugar no pódio das capitais deste imenso país na quantidade de veículos vendidos no ano comercial de 2009, perfazendo o representativo índice de 10,8% de aumento.
Para termos uma pálida idéia, a Ilha da lendária serpente entrou em 2010 com um milhão de habitantes e o quantitativo de 213.400 veículos. Façamos as contas e veremos o que isto representa para o conjunto da população e as obrigações e responsabilidades que são direcionadas ao Poder Público [Municipal e Estadual] na implementação de políticas públicas imediatas, destinadas a melhorar o trânsito e o sistema de transportes coletivos, priorizando as pessoas.
Devo reparar o que digo. Pensemos juntos: se as águas de março tivessem caído de verdade, o caos a que me refiro teria sido muito mais sério e perturbador, causando – talvez – imensos prejuízos para a cidade e seus moradores.
Pois bem, entre o Edifício Cézanne e a Rua do Sol percorri a Avenida dos Holandeses [cerca de três quilômetros de engarrafamento. exasperante], ao adentrar a Avenida Carlos Cunha, trânsito pesado, lento e surpresas à espreita. Caindo pela lateral direita na direção da Avenida Beira-Mar confiante que chegaria rapidamente na Rua do Sol, deparei-me com centenas de veículos de todos os modelos e marcas conhecidas ziguezagueando que nem baratas tontas após aquele inseticida poderoso.
O ziguezague não fez com que os motoristas encontrassem alguma saída coerente para pisar no acelerador e sonhar com aquele farto almoço de família, tomar aquele banho e se refestelar no sofá, tirando uma soneca de responsa.
Na realidade, não me contive e, seguindo algumas trilhas alternativas, dei meia-volta volver e subi a Rua Barão de Itapary rumo ao Cartório do 1º Ofício, na Rua do Sol, onde eu e minha querida madre encontramos abrigo no aparelho de ar-condicionado e na tranqüilidade do lugar naquele momento, apesar de não termos sido atendidos a contento.
Camaradas, sabemos que esta nossa Ilha de vários epítetos é filha do paradoxo do arcaico com o moderno, paradoxo este que expõe as limitações e equívocos de muitos que governaram Upaon-Açu sem planejamento algum, sem uma visão espacial que garantisse racionalidade ao deslocamento das pessoas e de seus potentes veículos.
O espaço é finito. E essa finitude é disputada pelos veículos e pelos transeuntes de nossa cidade, pelas calçadas irregulares, desniveladas, que não favorecem o andar das pessoas. Nesse espaço citadino os veículos mandam cada vez mais. Estatísticas de toda sorte proclamam e festejam o aumento desmedido da venda de veículos em São Luís, o que a levou ao 5º lugar no pódio das capitais deste imenso país na quantidade de veículos vendidos no ano comercial de 2009, perfazendo o representativo índice de 10,8% de aumento.
Para termos uma pálida idéia, a Ilha da lendária serpente entrou em 2010 com um milhão de habitantes e o quantitativo de 213.400 veículos. Façamos as contas e veremos o que isto representa para o conjunto da população e as obrigações e responsabilidades que são direcionadas ao Poder Público [Municipal e Estadual] na implementação de políticas públicas imediatas, destinadas a melhorar o trânsito e o sistema de transportes coletivos, priorizando as pessoas.
O que vai acontecer? Com tantas ruas e avenidas estreitas e mal administradas e dez mil veículos emplacados todo ano, quando nos depararemos com um novo caos por aí: vai ser na Holandeses, Jerônimo de Albuquerque, Daniel de La Touche, São Luís Rei de França, Africanos, Franceses, Guajajaras, Lourenço Vieira da Silva ou no centro da cidade?
Muitas promessas foram feitas na demagogia e no frêmito da disputa eleitoral garantindo a solução de problemas centenários, os quais, a população trabalhadora de São Luís espera esperançosamente. Vez em quando essa população perde a sua paciência e vai à luta cobrando dos governantes as suas responsabilidades e denunciando os acordos e esquemas que – historicamente – se tornaram prejuízo para os trabalhadores a exemplo do recente aumento do valor da passagem de ônibus.
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